13 museus de moda imperdíveis!

13 museus de moda mais imperdíveis do mundo!

Existem inúmeros museus de moda em todo o mundo que valem a pena visitar.

Muitas vezes, ouvi colegas e alunos comentando sobre um museu ou a última exposição de moda que visitaram e estava fazendo o maior sucesso. 

Com isso, ao longo do tempo, acabei anotando os museus e espaços expositivos que gostaria de visitar.

Assim, os 13 museus e espaços expositivos que vou indicar, meus preferidos e diretamente relacionados com o mundo da moda, possuem acervos valiosos e, normalmente, contam com curadorias invejáveis. Essas curadorias selecionam e organizam as exibições com cuidado, proporcionando uma incrível viagem pela história da moda e, na minha opinião, esses museus merecem ser visitados!

  1. Victoria and Albert Museum | Londres, Reino Unido
  2. The Anna Wintour Costume Institute   | Met, Nova Iorque, EUA
  3. The Museum at FIT | Nova Iorque, EUA
  4. Kyoto Costume Institute | Kyoto, Japão
  5. MoMu – Fashion Museum Antwerp  | Antuérpia, Bélgica
  6. Musée Yves Saint Laurent | Paris
  7. Christian Dior Museum and Garden | Granville, França
  8. Ferragamo Museum   | Florença, Itália
  9. Gucci Garden  | Florença, Itália
  10. Armani Silos  | Milão, Itália
  11. Museo Cristóbal Balenciaga  | Guipúzcoa, Espanha
  12. Museo del Traje | Madrid, Espanha
  13. The Palais Galliera  | Paris, França

Já conheço alguns e espero, um dia, conhecer os que faltam como o Kyoto Institute no Japão, que alguns colegas dizem imperdível!

Assim, quando viajo a trabalho ou lazer, por ofício e paixão pelo assunto, procuro me inteirar sobre os museus de moda e as exibições na região.

Muitas vezes, por conta das exposições temporárias, volto em alguns museus, e tenho lá meus favoritos.

No museu de Antuérpia, encontrei uma das explicações mais claras e concisas sobre o significado da moda e a importância desses museus e espaços:

A moda é mais do que roupas e mais do que simplesmente “moda”. Ela é um prisma que permite olhar para o mundo de diferentes ângulos. Um dos papéis dos museus de moda contemporânea é ampliar o significado do termo “moda” e ir além das narrativas canonizadas da história da moda. As pessoas precisam de um lugar onde a moda possa ser objeto de reflexão e crítica. Um refúgio para observar com calma a filosofia e a dinâmica por trás da moda, sua história e seu futuro. Um lugar para explorar o que é a moda e o que ela faz conosco.

Portanto, confira a seleção de museus e espaços expositivos imperdíveis espalhados pelo mundo afora e tenha uma ótima viagem!

1. Victoria and Albert Museum | Londres, Reino Unido

O Victoria and Albert Museum, o maior museu de artes decorativas e design do mundo, é carinhosamente conhecido como V&A.

O museu tem um acervo impressionante, cobrindo uma ampla gama de assuntos, incluindo cerâmica, móveis, moda, vidro, joalheria, serralharia, fotografias, escultura, têxteis e pinturas.

De acordo com seu site oficial, o V&A abriga uma coleção permanente de mais de 2,8 milhões de objetos, livros e arquivos que abrangem mais de 5.000 anos de criatividade humana.

Nos meus tempos em Londres, visitei-o algumas vezes, o V&A South Kensington.

Além desse, há outros 4 prédios que abrigam o acervo do museu: o V&A Dundee, o V&A Wedgwood Collection, o Young V&A e o V&A East, mas aqui vou contar do V&A South Kensington, o mais antigo! 

Fundado em1852, incialmente conhecido como Museum of Manufactures, posteriormente, recebeu o nome da Rainha Vitória e do Príncipe Albert, sendo popularmente chamado de V&A.

O V&A Kensington tem uma ótima localização em Londres, no Royal Borough of Kensington and Chelsea, uma área conhecida como “Albertopolis” por causa de sua associação com Prince Albert, onde estão situados o Albert Memorial e as principais instituições culturais às quais ele estava associado, que incluem o Museu de História Natural, o Museu da Ciência, o Royal Albert Hall e o Imperial College London, e fica a poucos quarteirões do Kensington e Hyde Parks, uns 10 minutos de caminhada.  

Na seção da moda, o museu tem uma coleção permanente com mais de 400 anos de história de roupas masculinas e femininas, com coleções que incluem desde vestidos raros dos séculos XVII até criações icônicas de estilistas famosos como Christian Dior, Elsa Schiaparelli, Yoshi Yamamoto, Lacroix, Lanvin, Balenciaga, entre outros.

O V&A tem uma longa história de exposições e eventos que mostram o que há de melhor em arte e design e o mundo da moda, como a de “Alexander McQueen: Savage Beauty” (2015) e “Frida Kahlo: Making Her Self Up” (2018).

Nesse ano, está prevista a abertura em 16 de setembro da mostra “Gabrielle Chanel. Fashion Manifesto”, com vários eventos acontecendo no período. 

Segundo o museu, essa é a primeira exposição do Reino Unido dedicada ao trabalho da couturière francesa, abordando a criação da Maison Chanel e a evolução de seu estilo de design e suas criações icônicas.

Saiba mais no site:  V&A   e V&A South Kensington  

2.     The Anna Wintour Costume Institute | Met, Nova Iorque, EUA

Em maio de 2014, após uma reforma de dois anos, com o espaço redesenhado, o Costume Institute do Metropolitan Museu of Art de Nova Iorque foi reaberto com o nome de Anna Wintour Costume Center. 

Embora seja mais conhecido por sua exposição anual da primavera, cuja abertura é festejada no famoso Met Gala, que acontece, tradicionalmente no início de maio, sob a liderança da curadora Anna Wintour (diretora artística da Condé Nast e editora-chefe da Vogue), o Costume Center abriga uma coleção enciclopédica.

O Costume Center conta com um acervo de mais de 35.000 itens, roupas e acessórios da moda para homens, mulheres e crianças de diferentes culturas e épocas, vindos de todos os continentes desde o século XV até o presente, sete séculos! 

Devido à natureza sensível dos têxteis, a coleção do Costume Institute não está em exibição pública permanente. 

O Costume Center também organiza exposições temáticas anuais que mostram os trabalhos de vários designers e exploram as conexões entre moda e arte.

Em 2023, o tema do evento de moda Met Gala e da exposição que aconteceu de 05 de maio a 16 de julho foi “Karl Lagerfeld: A Line of Baeuty”, uma homenagem ao estilista que inclusive causou muita controvérsia, como contamos no nosso post Karl Lagerfeld, a polêmica homenagem ao estilista no Met .

Saiba mais no site:  The Costume Institute

3.     The Museum at FIT | Nova Iorque, EUA

Esse museu foi fundado em 1969 para apoiar os programas educacionais do Fashion Institute of Technology (FIT), faculdade que faz parte do sistema da State University of New York (SUNY), uma das mais renomadas escolas de moda do mundo, e é o único museu em Nova York exclusivamente dedicado à arte da moda.

A coleção permanente do Museu do FIT inclui atualmente mais de 50.000 peças de vestuário e acessórios, que datam do século XVIII até o presente, com particular força na moda feminina moderna e contemporânea. 

Estão representadas as principais figuras da história da moda, como Azzedine Alaïa, Cristobal Balenciaga, Gabrielle Coco Chanel, Christian Dior, Halston, Charles James, Norman Norell, Paul Poiret, Yves Saint Laurent e Vivienne Westwood, bem como designers contemporâneos de vanguarda como Rei Kawakubo de Comme des Garçons e Rick Owens. 

Entre os 15.000 acessórios, são mais de 4.000 pares de sapatos, incluindo exemplos de Manolo Blahnik, Ferragamo, Perugia e Roger Vivier. 

Há também 30.000 tecidos, datados do século V até o presente, incluindo o trabalho de artistas e designers como William Morris, Salvador Dalí, Raoul Dufy e Junichi Arai. 

Um pequeno arquivo de fotografia de moda contém trabalhos de Louise Dahl-Wolfe e John Rawlings.

O Museu do FIT tem muitos objetos de suas coleções em exibição em seu site. Todos os meses adicionam novas peças às Coleções Online. 

Além do seu inestimável acervo, o Museu também é conhecido por suas exposições inovadoras e premiadas.

Saiba mais no site: The Museum at FIT

4.     Kyoto Costume Institute | Kyoto, Japão

O Kyoto Costume Institute (KCI) é uma instituição de pesquisa dedicada a preservar e promover a história e a cultura da moda localizado em Kyoto, no Japão.

Esse instituto abriga um vasto acervo de roupas e tecidos, ressaltando a importância de compreendê-lo a partir de perspectivas sociológicas, históricas e artísticas.

Nesse sentido, o instituto expõe diversas coleções de peças típicas e regionais de várias partes do mundo e pertencentes aos diferentes momentos da história desde o século XVII até ao presente, mostrando a relação com o que somos e o que vestimos atualmente. 

O instituto recebeu doações dos principais designers e maisons de moda como Louis Vuitton, Chanel, Christian Dior e mais de 1.000 peças da marca japonesa Comme des Garçons

Também documentos e outros artigos relacionados com o vestuário constam do acervo como alguns desenhos de Dior e Chanel, mas o ponto forte do museu é uma grande coleção de estilistas japoneses consagrados, como Yohji Yamamoto, Issey Miyake, Kenzo e Rei Kawakubo, incluindo os 1.000 artigos criados pela estilista para a marca Comme des Garçons.

Contamos a contribuição e a revolução que esses estilistas japoneses fizeram na moda no nosso post Estilistas japoneses, a vanguarda e as subculturas!

Quanto ao museu, saiba mais no site:  The Kyoto Costume Institute

5.     MoMu – Fashion Museum Antwerp   | Antuérpia, Bélgica

Fundado em 2002, o museu de moda de Antuérpia apresentou sua primeira exposição no histórico edifício ModeNatie na Nationalestraat. 

O acervo permanente do museu conta com mais de 35.000 itens, da moda contemporânea a roupas, tecidos e acessórios históricos, além de peças mais inesperadas, como ferramentas, máquinas para produção têxtil, estampas e convites para desfiles, que são apresentados em exposições rotativas.

As coleções da MoMu se concentram no trabalho de designers belgas e ex-alunos do Departamento de Moda da Academia Real de Belas Artes de Antuérpia como Dries Van Noten. 

Nomes de destaque do mundo da moda contemporânea internacional também estão representados na coleção. 

 Isso faz da MoMu Collection a maior e mais importante coleção de moda belga contemporânea do mundo.

 Desde então, o MoMu tem apresentado duas exposições temporárias por ano; exposições e instalações menores são apresentadas na galeria no piso térreo. 

Nesse ano aconteceu a exposição “Man Ray and Fashion”. 

As exposições do MoMu são caracterizadas por sua cenografia imersiva, ou seja, o visitante não só vê as exposições, mas também está imerso no mundo do designer ou do tema. 

O espaço expositivo é completamente transformado para cada exposição, tornando cada visita uma experiência única. 

O espaço do MoMu é diferenciado, elegante e contemporâneo

 A partir de 2021, foram criados cerca de 800m² de espaço público adicional de exposição, incluindo um grande espaço multiuso e uma sala de exposições para o acervo permanente. 

Com isso os visitantes podem visitar o MoMu mesmo quando as exposições temáticas estão sendo alteradas, e durante os meses de pico podem exibir simultaneamente três mostras diferentes nos 2.000 m². 

O MoMu também possui um auditório com um palco retrátil que permite realizar leituras e conferências um vasto acervo de biblioteca, acadêmica de moda histórica e contemporânea, têxteis e trajes étnicos. 

Com mais de 15.000 livros, um arquivo cheio de valiosas obras de referência, centenas de revistas contemporâneas e históricas e um banco de dados digital de imagens em rápido crescimento, a Biblioteca MoMu é uma das principais em seu campo em todo o mundo. 

Um verdadeiro sonho para uma professora de moda!

Saiba mais no site: MoMu

6.     Musée Yves Saint Laurent | Paris  

O museu YSL de Paris tem um acervo único, riquíssimo, com a obra de Yves Saint Laurent, e está localizado no prédio histórico na Avenue Marceau, onde o estilista trabalhou por 30 anos.

Esse acervo foi favorecido pela decisão do estilista, que, a partir de 1964, passou a guardar alguns protótipos de cada coleção.

Mas além dos protótipos, o museu conta ainda com elementos importantes relativos a cada coleção: croquis originais, fichas de trabalho de atelier, pranchas de coleção, fotografias e vídeos dos desfiles, cadernos de clientes (dividido por modelo ou por cliente), recortes de imprensa etc.

O coração da coleção, enriquecido por aquisições e doações contínuas, é baseado nas escolhas feitas pelo costureiro temporada após temporada. 

Assim, o Musée Yves Saint Laurent Paris retrata tanto no gênio criativo do costureiro quanto no processo de criação de uma coleção de alta costura. 

Em 7 de janeiro de 2002, Yves Saint Laurent anunciou em entrevista coletiva que estava encerrando sua carreira e fechando a sua maison de alta costura.

Dois anos depois, após grandes reformas, a Fundação Pierre Bergé – Yves Saint Laurent abriu suas portas no prédio histórico da, onde também foi instalado o Musée Yves Saint Laurent de Paris.  

Para além das suas ambições monográficas, o museu procura abordar a história do século XX e as tradições da alta costura que acompanharam um modo de vida que já não existe. 

Portanto, o patrimônio do museu é, ao mesmo tempo, um tesouro, que nos permite descobrir o universo criativo de Saint Laurent, um dos estilistas mais influentes do século 20, exibido no mesmo lugar onde ele criou suas coleções por quase trinta anos, como também um testemunho do século XX e da alta costura que acompanhou uma certa arte de viver da época. 

Vale lembrar, que a Fundação Pierre Bergé – Yves Saint Laurent também mantém um museu sobre YSL em Marrakech, cidade onde ele viveu períodos de sua vida.

Não deixe de ler o no nosso post sobre a vida e obra desse incrível estilista Yves Saint Laurent: a história do prodígio da moda!

Sobre o museu de Paris, saiba mais no site:  Musée Yves Saint Laurent Paris

7.     Christian Dior Museum and Garden | Granville, França

O Musée Christian Dior, criado em 1997, é dedicado à vida e obra do estilista, que surpreendeu com suas criações e mudou a história da moda com o  “New Look”.

O museu está instalado na villa “Les Rhumbs”, que foi a casa de infância de Christian Dior em Granville, na Normandia. 

A casa é uma verdadeira uma obra-prima rosa pastel no topo de um penhasco, que, com seus belos jardins, serviu de inspiração para toda a carreira criativa do estilista, como ele escreveu em sua autobiografia “Dior by Dior”:

Tenho as lembranças mais ternas e surpreendentes… da minha casa de infância. Diria até que minha vida e meu estilo devem quase tudo ao local e à arquitetura. 

Hoje, na casa, transformada no museu sazonal dedicado ao estilista, são exibidos suas criações, perfumes e lembranças de sua vida.

Em 2023, de abril a novembro, está em curso no museu a exposição “Christian Dior, le génie d’un créateur”.

Hoje, o Museu Christian Dior, classificado como Maison des Illustres e Musée de France, é administrado pela Présence de Christian Dior, uma associação tripartite única na França, reunindo a cidade de Granville, LVMH, Christian Dior Couture, Christian Dior Parfums e muitos membros pessoais.

E o museu e seu acervo único num local encantador, com uma bela vista e atmosfera romântica, tornou-se um dos museus de moda mais visitados do mundo!

Saiba mais no site: Musée Dior .

8.     Ferragamo Museum   | Florença, Itália

O Museu Salvatore Ferragamo, localizado no histórico Palazzo Spini-Feroni, em Florença, Itália, é dedicado à vida e obra do designer de sapatos italiano Salvatore Ferragamo.

Desde sua construção em 1289, o belo edifício faz parte da vida e da imagem da cidade; no final da 1930, o Palazzo foi comprado pela empresa e, atualmente, além do museu, abriga a sede do grupo, que ocupa o 41º lugar entre os 100 maiores conglomerados de luxo do mundo

O museu conta com cerca de 10.000 modelos de sapatos criados e de propriedade de Ferragamo que datam desde a década de 1920 até sua morte em 1960. 

Além do acervo permanente, o museu também abriga exposições temporárias. 

Em 2023, um dessas exposições, “Women in Balance”, foi dedicada à Wanda Miletti Ferragamo (1921-2018), esposa de Salvatore Ferragamo, que ficou à frente da empresa por um bom tempo após a morte dele. 

 Essa exposição retrata as atividades e escolhas de mulheres de diferentes idades, incluindo aquelas que ingressaram em campos de trabalho antes reservados quase exclusivamente aos homens, lançando luz sobre uma das mais longas revoluções da contemporaneidade, aquela que marcou o fim da separação dos papéis de gênero. 

Outra exposição temporária em curso é “A Feminine Lexicon”, uma exposição digital com curadoria dos alunos da Curadoria de Artes do Istituto Marangoni Firenze, que traz uma reflexão sobre o tema da identidade feminina por meio das pesquisas de 11 artistas femininas contemporâneas e internacionais.

A exposição foca no papel da mulher na Itália durante o boom econômico, buscando um difícil equilíbrio entre o modelo tradicional de feminilidade e uma nova identidade em suas vidas profissionais e privadas.

Essas são apenas algumas das muitas exposições temporárias emocionantes que o Museu Salvatore Ferragamo. 

No site do museu você pode fazer um tour virtual pelas exposições, bem como pelo arquivo de Salvatore Ferragamo em Florença, onde você pode explorar uma variedade de temas e as exposições anteriores.

O Museu Ferragamo é um espaço expositivo onde moda, arte e cultura estão interligadas. 

Contamos sobre a vida e obra de Salvatore Ferragamo no nosso post: Salvatore Ferragamo: a história do sapateiro dos sonhos!

Saiba mais sobre o museu: Salvatore Ferragamo Museum 

9.     Gucci Garden   | Florença, Itália

O Gucci Garden está localizado em um deslumbrante palácio renascentista, o histórico Palazzo della Mercanzia, na icônica Piazza della Signoria, no coração de Florença, Itália, tornando-o um destino fascinante para os amantes da arte e da moda. 

O Gucci Garden é uma mistura de museu, boutique e restaurante que oferece aos visitantes a chance de explorar o mundo da Gucci de uma maneira nova e emocionante.

O museu apresenta uma coleção das criações mais ousadas da Gucci, de roupas e acessórios. 

Os visitantes podem tirar muitas fotos na sala de espelhos e se maravilhar com as obras de arte de vanguarda em exibição.

A boutique oferece itens exclusivos que só podem ser encontrados lá, tornando-a uma visita obrigatória para os entusiastas da marca.  

Depois de explorar o museu e a boutique, ainda podemos nos deliciar com um cappuccino quente no belo café Gucci Giardino, ou provar a culinária italiana contemporânea na Osteria do museu, com estrela no  Michelin. 

Em conclusão, o Gucci Garden é um museu diferenciado, que nos oferece a chance de explorar o mundo da Gucci de uma maneira nova e emocionante bem no coração de Florença! 

Contamos sobre a história da Gucci no nosso post: Gucci, a história da marca mais incrível do planeta!

Saiba mais sobre o museu no site:  Gucci Garden  

10.  Armani Silos   | Milão, Itália

O museu Armani Silos, está instalado em um edifício que foi originalmente um celeiro construído em 1950, em Milão, Itália.

Esse museu foi concebido por Giorgio Armani e inaugurado em abril de 2015 para celebrar os seus 40 anos de carreira e ocupa um espaço impressionante de cerca de 4.500 metros quadrados, com sua coleção permanente, exposições temporárias, arquivo digital, livraria e café distribuídos em quatro andares.

Contam que Giorgio Armani decidiu chamá-lo de silos porque esse prédio costumava armazenar alimentos, que são, obviamente, essenciais para a vida. Para Armani, “assim como a comida, as roupas também fazem parte da vida.”

A coleção permanentemente em exibição mostra uma seleção de mais de quarenta anos de criações de moda exclusivas de Giorgio Armani agrupadas em torno de três temas recorrentes, centrais no trabalho do designer e que continuam a moldar suas coleções: Andrógino, Etnias e Estrelas do cinema. 

Uma viagem única pelo mundo de Armani, com um acervo rico e imperdível para quem, como eu, aprecia as criações do estilista e quem trabalha na moda. 

Além do acervo permanente, o espaço também abriga exposições temporárias, arquivo digital, livraria e café. 

Em 2023, está em exibição uma mostra dedicada ao fotógrafo francês Guy Bourdin.

Contamos sobre a história de Giorgio Armani no nosso post: Giorgio Armani, a filosofia do estilista bilionário da moda

Saiba mais sobre o museu no site:  Armani / Silos

11.  Museo Cristóbal Balenciaga   | Guipúzcoa, Espanha

Esse museu inaugurado em 2011 na villa de Getaria, cidade natal de  Cristóbal Balenciaga , a apenas 29 km de San Sebastian (em castelhano, Donostia em basco), capital da província de Guipúzcoa, Espanha, reúne mais de 1.600 peças doadas por colecionadores para celebrar a história do estilista, um dos mais influentes designers de todos os tempos. 

Com precisão, manejo da técnica e perfeccionismo, o trabalho de Balenciaga era admirado por seus colegas e contemporâneos como Christian Dior que o denominava “o maestro de todos nós”, Hubert de Givenchy que se referia a ele como “o arquiteto da Alta Costura” e Coco Chanel, que se qualificou como “o único costureiro autêntico”.

O museu, que ocupa uma casa do século XIX, tem no seu acervo peças históricas desenhadas por Balenciaga em sua maior parte nas Casas de Paris, San Sebastian, Madrid e Barcelona entre 1912 e 1971, ano anterior à sua morte em 1972, além de documentos e objetos pessoais do estilista, documentos de trabalho, revistas e material audiovisual. 

Além do acervo permanente, o museu também abriga exposições temporárias.

Saiba mais no site: Cristóbal Balenciaga Museoa.

Veja também muitas criações de Balenciaga em detalhes no catálogo online do museu.

12.  Museo del Traje | Madrid, Espanha

O Museo del Traje tem no acervo quase 30.000 peças de vestuário e moda, no qual roupas e tecidos históricos convivem com os designs mais modernos.

Uma coleção que guarda tesouros como uma das melhores coleções do mundo da moda do século XVIII, exemplos do majismo que Goya retratou e uma rica coleção de trajes regionais espanhóis com suas joias e acessórios.

Além disso, o museu tem no acervo uma grande representação das obras de Cristóbal Balenciaga e Pedro Rodríguez, vestidos da alta costura espanhola e uma grande coleção de prêt-à-porter espanhol, com importantes exemplos do trabalho dos estilistas que renovaram a moda espanhola desde os anos 70.

Contam também com uma coleção abrangente de alta costura e prêt-à-porter internacional, com representação das principais marcas da moda, de Worth, Poiret e Chanel a Kawakubo, Margiela e McQueen.

Ao comentar sobre a exposição permanente e o acervo que começou a tomar forma há quase um século, trazem uma significativa reflexão sobre o sentido da moda e da própria atividade do museu: 

Uma questão ainda se destaca no desempenho diário da atividade do Museu: o que é moda? A moda do vestuário tem sido o exemplo mais visível da internacionalização dos costumes desde que a maquinaria das manufaturas de luxo francesas foi lançada no século XVIII. O traje é a representação primordial do modo de viver e pensar típico de cada cultura, expressão paradigmática das particularidades locais e ao mesmo tempo elemento que nos define enquanto humanos face ao mundo animal.

(…)

O discurso expositivo do novo acervo permanente tenta reunir as múltiplas perspectivas a partir das quais o campo do vestuário pode ser abordado (…) Um dos objetivos da nova exposição é, além de tornar visível a intensa ação da moda sobre as mulheres, analisar os usos da moda masculina, de forma a rever o verdadeiro papel da moda na mudança social.

O museu disponibiliza uma viagem virtual no mundo da moda com o acervo separado em 11 áreas (basta clicar na área para acessar o acervo) que vale a pena conferir: Visita virtual exposição permanente.

Saiba mais sobre o museu no site:  Museo del Traje

13.  The Palais Galliera   | Paris, França

O Palais Galliera, também conhecido como Musée de la mode de la Ville de Paris, é um museu inteiramente dedicado à moda e história da moda no coração de Paris. 

O museu não possui coleções permanentes, apenas as temporárias, e permanece fechado entre as exposições. 

Não obstante o rico acervo, não vá esperando ver um museu de moda francesa, mas sim uma exposição temporária; verifique as exibições no site do Palais!

Além de seu programa de exposições temáticas temporárias – designers lendários, ícones da moda, estilos de roupas, influências e inspirações -, o museu conta com arquivos e coleções inestimáveis da moda desde o século XVIII até até os dias atuais, compostas de roupas, acessórios, fotografias, desenhos etc.

Um acervo muito rico, mesmo que não aberto ao público, que reflete os códigos do vestuário na França desde o século XVIII até os dias atuais, objeto de exposições em Paris, no país e no exterior. 

Só a coleção de alta costura abrange cerca de 7.000 peças, retratando a criação parisiense e a diversidade de suas Maisons, com criações de Christian Dior, Balenciaga, Chanel, Madame Grès, Carven, Fath e Balmain na década de 1950 e Yves Saint Laurent, Courrèges, Paco Rabanne e Pierre Cardin da década de 1960. 

Já o prêt-à-porter que se impôs ante a alta costura a partir dos anos 1970, o Palais tem no acervo peças dos últimos tempos, com criações de Christian Lacroix e John Galliano para Christian Dior.

Desde 2014, a Vogue Paris ajuda o Palais Galliera a enriquecer seu patrimônio por meio da Vogue Paris Foundation.

Com isso, nos últimos anos, Palais Galliera pôde adquirir coleções excepcionais de roupas e acessórios de alta costura e prêt-à-porter de diversas Maisons e marcas, como Alaïa, Balenciaga, Balmain, Bottega Veneta, Burberry, Chanel, Chloé, Christian Dior, Comme des Garçons, Givenchy, Gucci, Isabel Marant, Jean Paul Gaultier, Junya Watanabe, Louis Vuitton, Martin Margiela, Miu Miu, Noir Kei Niomiya, Prada, Rick Owens, Sonia Rykiel, Thierry Mugler, Valentino, Versace, Viktor & Rolf entre outros, além de acervo históricos.

Vale a pena conferir as exposições temporárias!

Nesse ano, o museu abriu espaço para uma rica mostra sobre Frida Kahlo, que aconteceu de 15 de setembro de 2022 a 05 de março de 2023. 

Uma exposição imperdível que inspirou Maria Grazia Chiuri no desfile da coleção Cruise 2024 da Dior na Cidade do México. 

Já de 16 de junho de 2023 a 7 de setembro de 2025, o museu apresenta a exposição “La Mode en mouvement”, inspirada nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos a realizar em Paris em 2024, questionando o lugar do vestuário na prática de atividades físicas e desportivas, a sua relação com o corpo e o movimento, bem como as consequências sociais da sua evolução.

Vale lembrar que o museu fica localizado no 16º arrondissement, num belo palácio do século 19 de inspiração renascentista, originalmente construído para a Duquesa de Galliera, Marie Brignole-Sale, reconhecida pelo seu trabalho filantrópico, que, segundo contam, teve vida extraordinária marcada pelo gosto pelo belo e pelo altruísmo.

Saiba mais no site: Palais Galliera | Musée de la mode de la Ville de Paris

E muito mais!

Esses são os 13 principais museus e espaços expositivos de moda, os meus preferidos dos 25 que selecionei para visitar um dia!

Entre os outros 12 que não citei, tem alguns que gosto muito, por razões afetivas como o Mudec em Milão e o MUDE em Lisboa, mas cujo acervo, apesar de bacana, não é tão grande como os dos 13 que sugeri.

Em Milão, trabalhei muitos anos próximo ao Mudec; uma das empresas ficava na rua do museu, e tive oportunidade de visitar muitas exposições e almoçar com amigos queridos lá inúmeras vezes.

Já do MUDE, que fica na famosa Rua Augusta, bem no centro de Lisboa, guardo as lembranças com todo o carinho, foi o primeiro museu de moda que visitei quando decidi estudar moda em Milão. O museu encontra-se temporariamente fechado para renovação. 

Assim, caso esteja programando uma visita, vale a pena consultar os sites do museus, que geralmente trazem as informações atualizadas sobre o funcionamento, o acervo e as exposições temporárias.

No Brasil, ficam duas dicas, o Museu do Traje e do Têxtil em Salvador e o  Museu da Moda – MUMO em Belo Horizonte. 

O de Salvador tem no acervo vestimentas dos séculos 18, 19 e 20, como vestidos, chapéus, joias, alguns com importância cultural e histórica, além de peças infantis e eclesiásticas.

Já o de Belo Horizonte, inaugurado no fim de 2016, conta com itens como figurinos, desenhos, roupas e acessórios e sobre a memória da indústria têxtil do estado e oferece, inclusive, um tour virtual.

Por fim, espero que gostem dessas sugestões e, como eu, possam encontrar nesses museus um espaço onde a moda seja objeto de reflexão e crítica, mas também de deleite! 

Artigos relacionados

Digite acima o seu termo de pesquisa e prima Enter para pesquisar. Prima ESC para cancelar.

Jogo de contrastes: como criar looks criativos Da passarela ao dia a dia: peças que vão conquistar você! Paris: as tendências da primavera/verão 2025 Semana de moda de Milão: leveza, simplicidade e consciência ambiental em alta As tendências de Londres para a próxima temporada 3 itens-chave da estética hiper feminina: tendência de NY Seu estilo, suas regras: aposte em detalhes punk Cintos largos aderem à tendência de revival dos anos 80 As flores marcam presença na moda com um interesse renovado Túnica: item essencial para o look total denim 5 acessórios que serão tendência em 2025 e que você já pode usar agora Maxi-saia boho: do beachwear ao street style Capri: a tendência dos anos 2000 com um toque sartorial Silhuetas dramáticas: fendas, alfaiataria e padrões retrô Sartorial retrô: a tendência que tem tudo para dominar o street style Tank Top: a nova peça-chave do guarda-roupa Adeus, luxo discreto! A moda se rende ao maximalismo vintage Tendência partywear: franjas, metálicos e drapeados Do far west à passarela: a evolução da camisa western Vestidos maxi de tricô incorporam a sofisticação minimalista
Jogo de contrastes: como criar looks criativos Da passarela ao dia a dia: peças que vão conquistar você! Paris: as tendências da primavera/verão 2025 Semana de moda de Milão: leveza, simplicidade e consciência ambiental em alta As tendências de Londres para a próxima temporada 3 itens-chave da estética hiper feminina: tendência de NY Seu estilo, suas regras: aposte em detalhes punk Cintos largos aderem à tendência de revival dos anos 80 As flores marcam presença na moda com um interesse renovado Túnica: item essencial para o look total denim 5 acessórios que serão tendência em 2025 e que você já pode usar agora Maxi-saia boho: do beachwear ao street style Capri: a tendência dos anos 2000 com um toque sartorial Silhuetas dramáticas: fendas, alfaiataria e padrões retrô Sartorial retrô: a tendência que tem tudo para dominar o street style Tank Top: a nova peça-chave do guarda-roupa Adeus, luxo discreto! A moda se rende ao maximalismo vintage Tendência partywear: franjas, metálicos e drapeados Do far west à passarela: a evolução da camisa western Vestidos maxi de tricô incorporam a sofisticação minimalista