Oscar de la Renta

A fabulosa trajetória do mestre de la Renta!

Óscar Aristides Ortiz de la Renta Fiallo, conhecido como “de la Renta” ou “Oscar de la Renta”, é considerado um dos maiores estilistas do século XX. 

Com mais de 50 anos de trajetória no mundo da moda, ele ficou conhecido pelo seu estilo clássico, refinado e elegante, mas também criativo, que transitava muita qualidade e técnica da alta costura ao prêt-à-porter. 

Considerado um verdadeiro cavalheiro no mundo da moda, Oscar de la Renta viveu para vestir as mulheres, fazendo-as sentirem incríveis, protagonistas de sua própria história!

“Eu amo a beleza. Eu amo mulheres. Eu amo a beleza nas mulheres”, disse o senhor de la Renta.

Em seu trabalho, ele transmitiu esse amor pelas mulheres, como contamos em nosso post os 15 maiores estilistas do mundo da moda!

Neste post, vamos contar um pouco mais sobre a trajetória, o estilo e as contribuições de Oscar la Renta para a moda, que influenciou gerações de designers, vestiu celebridades, figuras renomadas e uma legião de fãs.

Acompanhe-nos nessa jornada pelo fascinante universo de Oscar de la Renta.

De la Renta: uma trajetória de brilho e inspiração!

Oscar de la Renta nasceu em Santo Domingo, capital da República Dominicana, em 22 de julho de 1932. Ele era o sétimo filho, o primeiro menino, de mãe dominicana e pai porto-riquenho.

Os de la Renta eram uma família aristocrática, com expressão na sociedade dominicana, e tinham amigos bem posicionados nos negócios e nas artes. 

Em 1969, Oscar de la Renta tornou-se cidadão americano, mas manteve sua cidadania dominicana e o vínculo com seu país de origem durante toda a vida.

Vamos voltar um pouco no tempo!

Sua jornada começou na Espanha, aos 18 anos, quando escolheu estudar pintura na Real Academia de Belas Artes de San Fernando, em Madrid.

Inicialmente, sonhava em se tornar pintor, mas foi lá que ele encontrou sua verdadeira paixão: o mundo da moda.

Oscar de la Renta começou sua carreira desenhando para boutiques locais em Madrid e logo passou a colaborar com as maiores marcas do país. 

Dizem que, certa vez, por amizade, ele concordou em desenhar um vestido para sua namorada, que era filha de um embaixador americano. 

O vestido chamou muita atenção quando a garota apareceu com a peça na revista Life, e Oscar se tornou uma figura muito comentada. Após a publicação, ele recebeu um convite da grife Balenciaga.

Isso o levou a atuar como aprendiz e, posteriormente, como assistente do renomado designer espanhol Cristóbal Balenciaga, experiência que marcaria seu trabalho para sempre, como ele mesmo contou.

Eu trabalho até hoje da maneira que vi a Balenciaga trabalhar. Um vestido só se torna seu quando você começa a manipulá-lo, que é o que eu faço.

A partir daí, sua ascensão foi constante.

Em 1961, ele mudou-se para Paris, onde trabalhou como assistente do designer-chefe da Lavin, Antônio del Castilho, aprimorando suas habilidades na alta-costura.

A influente Diana Vreeland, diretora da revista Vogue na época (a Anna de Wintour daquela época!), aconselhou Oscar a ir para os Estados Unidos e trabalhar na linha de prêt-à-porter lançada por Elizabeth Arden, que já era uma magnata dos cosméticos.

Nesse momento, ele vislumbrou uma oportunidade de ter uma carreira própria na moda e  reconheceu o valor de atuar no prêt-à-porter, inclusive como um meio de alcançar o sucesso financeiro.

Como disse de la Renta: “A grande coisa sobre a moda é que ela sempre olha para frente”. 

E assim, ele o fez!

Oscar partiu para os Estados Unidos em 1963 e foi contratado por Elizabeth Arden para criar vestidos personalizados, o que lhe permitiu interagir com uma variedade de personalidades influentes.

Em 1965, acreditando que o ready-to-wear seria o futuro da moda, ele deixou a Arden e foi trabalhar com com a estilista americana Jane Derby, mas a parceria foi breve devido à morte da estilista.

Nesse momento, ele adquiriu a empresa de Derby em Nova York, embora só tenha mudado o nome da marca para Oscar de la Renta em 1966 e tenha continuado a usar o selo Jane Derby nos editoriais da revista Vogue até abril de 1967.

Assim, em 1965, além do trabalho na alta costura, Oscar de la Renta iniciou sua marca de prêt-à-porter, uma das pioneiras nessa categoria, abrindo caminho para muitos outros designers que o seguiram.

Com o sucesso de suas coleções de boutique, não é surpresa que muitos outros designers tenham adotado essa ideia.

Em 19 de setembro de 1966, Yves Saint Laurent abriu uma boutique de prêt-à-porter em Paris chamada “Saint Laurent Rive Gauche”.

Vale lembrar que, nos conturbados anos da década de 60, as sóbrias lojas de departamento diferiam em atmosfera e atitude das boutiques, que, pela primeira vez, ofereciam coleções usadas por jovens, atraentes e “descolados”, porém mais sensíveis aos preços (altos da alta costura), permitindo aos designers alcançar uma base de clientes mais ampla.

Isso foi o início da famosa marca Oscar de la Renta que, desde os anos 1960, continua a encantar as mulheres de todas as idades.

Para de la Renta, suas musas sempre foram mulheres de mente forte, como ele disse certa vez.

No centro de cada coleção está a ideia de uma mulher moderna. Ela está completamente no controle de sua vida e de seu destino. É uma mulher com uma vida extraordinariamente ocupada e uma mulher que sabe exatamente o que quer. 

Oscar de la Renta foi casado duas vezes. 

Em 1967, Oscar de la Renta casou-se com a francesa Françoise de Langlade, editora de moda da Vogue francesa, que começou sua carreira trabalhando para Schiaparelli e depois para a Harper’s Bazaar. Em 1968, ela ingressou na Vogue americana como editora geral. Ela faleceu em 1983.

Em dezembro de 1989, ele se casou com Annette Engelhard Reed, francesa, filantropa e socialite americana, na República Dominica, com quem viveu até sua morte em 2014. 

Oscar de la Renta teve quatro filhos, Moisés Oscar, adotivo, e três enteados do segundo casamento.

De la Renta: um sucesso mais que duradouro!

Oscar de la Renta consolidou-se como uma das marcas de moda de luxo mais bem-sucedidas do mundo, conquistando os corações do público americano e internacional de forma espontânea e rápida.

Suas coleções frequentemente refletiam suas raízes, com cores vibrantes, padrões florais delicados e silhuetas suaves. 

Nas décadas de 60 e 70, suas coleções foram inspiradas em culturas como cigana e russa, mantendo sempre uma abordagem moderna, contemporânea, porém romântica e feminina.

Moda é sobre o presente e o futuro imediato. Eu penso em termos de agora.

Ele vestiu celebridades, socialites e artistas de cinema e televisão, com seus elegantes vestidos de noite e ternos femininos tornando-se peças icônicas no guarda-roupa de mulheres influentes.

Suas clientes incluíam a Rainha Noor da Jordânia e as primeiras-damas dos Estados Unidos Jacqueline Kennedy, Nancy Reagan, Hillary Clinton, Laura Bush e Michelle Obama. 

A ex-secretária de Estado e primeira-dama dos EUA, Hillary Clinton, por exemplo, foi uma amiga e cliente fiel de de la Renta, que a vestiu durante 20 anos, em momentos monumentais de sua vida, desde a posse presidencial de seu marido até a primeira capa da Vogue americana.

Aliás, essa história tem uma passagem curiosa.

A revista Vogue tem um histórico de fotografar primeiras-damas, no entanto, ainda não tinha colocado uma primeira-dama em sua capa; contam que o estilista disse a Anna Wintour que a sessão de fotos de Hillary Clinton, em 1998, deveria ser uma capa. 

E, assim, Hillary Clinton foi capa da Vogue em um magnífico de Oscar de la Renta. 

Michelle Obama, mais conhecida por promover designers menos conhecidos e opções mais acessíveis, vestiu um de la Renta da Coleção Outono 2014 em seu Workshop de Educação de Moda na Casa Branca, durante seu primeiro mandato como primeira-dama.

As suas criações nos tapetes vermelhos de Hollywood eram sempre uma das mais aguardadas, e sua habilidade de transformar tecido em arte o elevou a um patamar invejável na indústria da moda.

“Eu realmente não sei como fazer roupas casuais”, disse o senhor De la Renta certa vez.

Na verdade, Oscar de la Renta era um verdadeiro ícone americano e vestiu muitas celebridades; seus belos desenhos foram vistos em nomes como Cameron Diaz, Nicole Kidman, Kristen Stewart e Penélope Cruz, Sarah Jessica Parker e Oprah Winfrey.

O reconhecimento do trabalho de Oscar de la Renta veio ao longo de sua carreira de mais de 50 anos na moda.

Ativo na comunidade da moda americana, ele atuou como presidente do Conselho de Designers de Moda da América (CFDA) de 1973 a 1976 e de 1986 a 1988; em reconhecimento pelo seu trabalho na moda o CFDA concedeu-lhe o prêmio “Lifetime Achievement”  em 1989. 

Provando a longevidade e vigor de sua carreira na moda, ele ganhou o prêmio CFDA “Womanswear Designer of the Year” em 2000 e 2007 (este último com Proenza Schouler).

Embora tenha se estabelecido em Nova York, de la Renta também comercializou seu trabalho na América Latina, onde se tornou muito popular, e permaneceu ativo em sua terra natal.

Ele dedicou-se a ajudar as crianças de sua cidade natal, por meio da Casa del Niño, uma instituição de caridade que criou em 1982. 

Toda criança merece uma educação adequada e o apoio de uma família – seja a família em que nascem ou a que as encontra. 

E suas atividades de caridade e realizações pessoais lhe renderam ainda a Ordem do Mérito Juan Pablo Duarte e a Ordem de Cristóbal Colón da República Dominicana.

Certa vez, comentando sobre todos esses prêmios que conquistou, ele afirmou modestamente: 

Eu sempre digo que tenho a memória de um mosquito. Nunca olho para trás, mas olho sempre para a frente. Meu melhor trabalho está à minha frente.

Oscar de la Renta não apenas elevou o mundo da moda e impulsionou a indústria da moda nos EUA, mas também teve seu trabalho reconhecido no resto do mundo.

Quanto ao seu processo de trabalho como design, Oscar de la Renta confessou que nunca foi um processo difícil.

Adoro desenhar. Cada peça é especial. Encontro muita alegria no trabalho que faço.

Ele lançava quatro coleções de prêt-à-porter por ano, além de duas coleções anuais de noivas e linhas de acessórios, e se tornou o primeiro designer latino-americano receber um cargo importante em uma Maison de alta costura na França quando, em 1993, tornou-se designer-chefe da Pierre Balmain, posição que ocupou até 2002. 

Além disso, também era visto em eventos de arrecadações de fundos, festas e eventos com sua elegância impecável, inteligência e seus vocais!

Oscar de la Renta era conhecido no seu círculo próximo de amigos como um bom cantor.

Pouco antes de sua morte, em 2014, aos 82 anos, o senhor de la Renta deixou uma última lembrança de seu talento: o vestido de noiva usado pela advogada Amal Alamuddin em seu casamento com o ator norte-americano George Clooney.

De la Renta: um lendário mestre da moda!

Alguns estilistas usam o corpo das mulheres para expressar sua criatividade, enquanto outros as vestem com silhuetas atraentes que as tornam belas. O refinado Oscar de la Renta encontrou um equilíbrio perfeito entre esses dois polos.

Desde o momento em que descobriu sua paixão e talento pelo design de moda, Oscar de la Renta nunca parou de criar peças para o dia e noite de mulheres exigentes.

Mas além de ícone da alta costura, ele foi um verdadeiro mestre do prêt-à-porter, tornando a moda mais acessível para muitas.

Com seus designs que fundiam o sabor caribenho e o requinte europeu, Oscar de la Renta contribuiu para criar a identidade da moda americana e a expansão do prêt-à-porter.

Ele nunca perdeu de vista a mulher que acabaria usando suas criações ou seu estilo de vida, pois manteve um envolvimento ativo com a indústria da moda e com o meio social em que seus clientes se moviam.

Seu respeito e cortesia eram inegáveis, permitindo que suas criações falassem por si mesmas.

A visão e a apreciação de Oscar de la Renta das necessidades dos seus clientes foram recompensadas pela sua lealdade.

Estilista favorito de muitas personalidades importantes do século XX, a marca tem até hoje uma legião de fãs e, sem dúvida, sua passagem no mundo da moda deixou um grande legado.

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