A redução do turismo mundial em 2020 causou perdas massivas para as marcas de luxo, principalmente para aquelas que dependiam do retail tradicional.
Quase todos os eventos importantes e desfile de moda foram cancelados, muitos deles foram modificados para o formato virtual.
Com o lockdown, as pessoas foram obrigadas a ficar em casa e começaram a comprar produtos pela internet, o que fez com que as vendas online crescessem mais de 200% (globalmente!) só no mês de abril do ano passado.
As marcas de luxo buscaram novas formas de se conectar com as pessoas, na direção de uma “moda consciente” que está, inclusive, na pauta de muitos países.
Investir na sustentabilidade e na preservação do meio ambiente, em linha com os tempos que estamos vivendo, foi um diferencial.
Aquelas que já faziam se viram imensamente beneficiadas!
Iniciativas que deram o que pensar… Algumas relacionadas ao meio ambiente.
- Chanel e Armani estabeleceram objetivos de reduzir gradativamente a emissão de carbono na produção das peças até chegar em zero no ano de 2050 (isso inclui toda a cadeia produtiva);
- Moncler criou uma jaqueta carbon-neutral feita inteiramente – tecidos, forro, botões e zips – de materiais derivados da mamona.
- Prada lançou o projeto Re-Nylon, no qual se compromete a usar somente nylon regenerado até o fim de 2021, feito a partir de resíduos de plásticos, que acabariam nos oceanos ou aterros sanitários.
Outras iniciativas voltadas para as questões sociais…
As empresas também perceberam que as pessoas são atraídas por marcas que defendem bandeiras, como LGBTI e o feminismo, e que combatem o racismo.
Em resposta, as marcas de luxo começaram a incluir temas sociais nas suas coleções, como, por exemplo, slogans nas T-shirts em desfiles, como“The Future is Female”, “Save the Planet” etc.
A marca percursora dessa tendência foi a Dior com o slogan “We Should All Be Feminists” na coleção Primavera/Verão de 2017.
E ainda, vimos iniciativas que dialogam com as pessoas…
“Quem fez as minhas roupas?”
Cada vez mais as pessoas, ao escolherem uma peça, querem saber como ela foi produzida.
Isso está fazendo com que as marcas se preocupem com questões éticas na produção, evitando o trabalho infantil e o uso de animais, este tanto em testes quanto como matéria-prima, optando pelo “vegan manufacture”.
- Moncler criou um código de conduta para todos os seus fornecedores e prestadores de serviço, exigindo transparência em toda a sua cadeia produtiva, desde a matéria-prima até o produto final.
- Versace, Michael Kors, Coach, Burberry, Chanel, Gucci, Armani, Furla e Prada se comprometeram a não usar mais pele nas suas coleções.
“Quem usa a minha marca?”
Atenção não só às coleções, mas também às modelos, atrizes e influencers escolhidos para representar a marca.
- Kering Group e LVMH, além de se comprometer a contratar somente modelos que são maiores de idade, criaram juntos um website para estimulá-los a manterem sua saúde física e mental.
Sem dúvida, esse é um caminho sem volta!
Os critérios e as prioridades estão mudando na hora da compra.
Estamos todos de olho em empresas que compartilham os nossos valores éticos e sociais.
Vale a pena conferir o vídeo do Kering Group , um dos maiores conglomerados do mundo, sobre o comprometimento do grupo e suas marcas com as questões ambientais e sociais.
Está claro que cada vez mais as pessoas valorizam as marcas que se preocupam com o meio ambiente e se responsabilizam por toda a cadeia produtiva de seus produtos.
Nós buscamos marcas que têm valores semelhantes aos nossos!