Saiba tudo sobre a economia afetiva. Ouça aqui:
Nós que trabalhamos na moda vemos que, nos dias de hoje, luxo por si só interessa cada vez menos.
A fidelidade a uma marca especifica não é incondicionada, se é que um dia, de fato, o foi!
Se a marca não atender às expectativas sociais e culturais das pessoas dispostas a comprarem seus produtos, essa não é nem sequer considerada.
Nós trocamos informações em tempo real, basta ver o sucesso das lives nas mídias sociais, e decidimos o que e quando comprar com base no que vemos ao nosso redor e nas comunidades online.
Isso está mudando tudo na moda!
Mais que nunca, os olhares estão voltados para marcas que respeitam o meio ambiente, que defendem a moda inclusiva e ética, ou seja, praticam uma moda consciente.
Mas não basta praticar, essas marcas precisam mostrar isso por meio de storytelling, narrativas genuínas que retratam ações concretas e coerentes por elas adotadas!
Se fazer conhecer, em tempos de prevalência de social media na formação de opinião!
Vejamos melhor!
A palavra-chave é comunidade!
Das mídias sociais aos novos modelos de negócio da economia compartilhada criaram-se verdadeiras comunidades!
Para se ter sucesso, é preciso capturar a cultura do momento, entender o que motivam as pessoas a fazerem parte de uma determinada comunidade.
Nessas comunidades, as pessoas interagem, se conectam, informam, opinam, e seguem influenciadores, cada vez mais os genuínos, que ditam os comportamentos de consumo.
Estamos diante de uma democratização da informação e liberdade de opinião, sem precedentes na história, com o mergulho no mundo online, capaz de influenciar a vida das pessoas e de acabar, de uma vez, com as fronteiras entre o físico e digital.
Na moda, basta ver como os olhares estão voltados para o mundo metaverso.
A economia e a moda são afetivas!
De um marketing centrado em objetos de consumo passamos ao storytelling, uma narrativa que nasce para construir valor.
Com isso, ganha a moda afetiva, que é justamente dar novos significados aos produtos e que passa por se repensar a inteira cadeia produtiva.
Esse conceito de moda afetiva inclui questões sociais e ambientais e significa desenvolver soluções criativas para um consumo consciente. Nesse sentido, confira o podcast sobre economia afetiva na moda de Jackson Araújo com Marina Colerato.
Na verdade, é um convite a uma ressignificação do consumo, o que não significa ser contra o ele, mas sim contra o excesso e o desperdício.
Nada como usar aquela bolsa Hermés da avó, a blusa de seda comprada numa viagem com os amigos anos atrás, compartilhar o guarda-roupa com a irmã e se valer de clothing service num mês de férias!
Assim, a moda afetiva passa por interpretar linguagens, aproximar pessoas e transitar na história, considerando um ponto de vista rico de estímulos sociais e culturais.
Para tanto, além de nós, profissionais da moda, adeptos de uma moda afetiva, contribuem os genuine influencers que ressignificam os objetos de consumo e, num âmbito mais profundo, as próprias relações e interações entre as pessoas e as marcas.
Os novos caminhos do luxo!
Trabalhando na moda, vemos que o luxo mudou, e as redes sociais revolucionaram a indústria!
Ganha espaço a moda afetiva!
Temas como o meio ambiente, a moda inclusiva e a ética estão no centro das discussões, e as informações são trocadas em tempo real, assim como as decisões de compra!
As marcas que não atendem às expectativas sociais e culturais das pessoas e, mais que isso, das comunidades criadas em torno a si, perdem o seu valor.
Os novos caminhos do luxo passam pelas novas narrativas de moda e pela geração de valor.
Assim, para conquistar as pessoas, as empresas têm que alinhar seus valores, o business e a forma como os comunica, mas não só isso, precisam escutar as pessoas, dando um novo significado aos seus produtos no contexto da moda afetiva.