Metaverso

O metaverso e a moda do futuro

Durante a pandemia, quando ninguém podia sair de casa e fazer shopping, pelo menos não no modo convencional, foi exatamente o momento que se começou a falar do mundo metaverso na moda. 

Um espaço tridimensional na internet, no qual podemos conviver e interagir por meio do nosso próprio avatar ou boneco virtual customizado. 

Nesse mundo virtual hiper-realista, avatares podem participar de diversas atividades, como fazer compras, visitar museus, ir a shows e estar com outras pessoas (ou melhor, com os avatares dessas!)  

Esse termo foi criado por Neal Stephenson em 1992 no seu livro de ficção “Snow Crash”, e é realmente impressionante como o autor conseguiu prever, trinta anos atrás, o que se tornou o futuro da internet.   

Hoje, a moda se prepara para escrever os próximos capítulos dessa história.

O mundo metaverso e o que esperar no futuro

Em novembro do ano passado, a British Fashion Awards conferiu, pela primeira vez, o prêmio “Fashion Award for Metaverse Design” à plataforma de gaming Roblox, e, detalhe, foi o próprio avatar do diretor criativo da Gucci, Alessandro Michele, quem entregou o prêmio.

Além disso, o grupo Otb, da qual faz parte a italiana Diesel, anunciou o lançamento do Bvx (Brave Virtual Xperience), o novo centro dedicado inteiramente ao mundo metaverso.    

No fim do ano passado, a maison francesa Dior anunciou uma colaboração com a plataforma Ready Player Me com o objetivo de lançar uma experiência totalmente interativa no mundo metaverso. 

Por meio dessa plataforma será possível criar avatares que ganharão vida em ambientes inspirados no mundo da marca, usando videogames e apps integrados à plataforma e, por que não, comprar produtos exclusivos da Dior.

Vale lembrar que esse é um conceito novo muito em evidência graças ao Mark Zuckerberg, que inclusive mudou o nome do Facebook (a empresa, não o aplicativo) para Meta, numa clara referência ao metaverso, e à Nike, o colosso do sportwear que comprou a RTFKT, startup digital fundada em 2020.

Em apenas dois anos essa startup criou uma invejável plataforma de itens colecionáveis no mundo metaverso e somou uma cifra considerável em vendas. 

E não paramos por aí?!

Outro tema do momento, que está sacudindo o mundo da moda, é a Meta Birkin, bolsa virtual inspirada na celebre Birkin de Hermès, criada e vendida somente no mundo metaverso. 

Mas, pequeno detalhe, essa bolsa tem pouco ou nada a ver com a maison francesa!

Trata de uma obra de um artista de Los Angeles, Mason Rothschild, que inclusive foi acusado pela Hermés de falsificação digital. Será? 

É certo que o mundo metaverso precisa ser regulamentado o quanto antes, mas as marcas de moda estão cada vez mais atraídas pelas infinitas possibilidades de business que esse mundo oferece.  

Estamos assistindo, inclusive, ao surgimento de novas profissões no mundo da moda com o crescimento do metaverso.

O mundo metaverso e os novos profissionais da moda 

A nova plataforma DressX, fundada por Daria Shapovalova e Natalia Modenova, nasce para oferecer as marcas a digitalização de suas coleções, permitindo que possam ser vestidas através da realidade aumentada, com a criação de non-fungible tokens (NTFs) ou códigos não modificáveis. 

Vale lembrar que o uso da tecnologia blockchain permitirá, por meio de NTFs, rastrear e certificar a proveniência das peças no mundo metaverso.  

Outro projeto que despertou a nossa atenção, idealizado pela Fondazione Sozzani di Milano, é a mostra de joias esculturais do artista americano Kris Ruhs, que poderão ser apreciadas e até mesmo usadas através da realidade aumentada, e estarão disponíveis no marketplace de DressX.  

Não é surpresa que as peças digitais possam chegar a custar mais que aquelas físicas e já existam coleções feitas apenas para o mundo metaverso!

Em junho do ano passado, a edição especial da bolsa Dionysus di Gucci foi vendida por meio da plataforma Roblox por 4.115 dólares, enquanto o preço dessa peça nas lojas físicas da marca era cerca de 3.400 dólares.   

E o espaço virtual assinado pelo grupo Kering, por intermédio da plataforma Roblox, já permite que seus 42 milhões de usuários visitem a Gucci Garden e comprem os mais diversos tipos de produtos escondidos pelo caminho, todos exclusivos!

O mundo metaverso e a sustentabilidade 

Como discutimos em diversos posts, a moda é uma das indústrias mais poluentes do mundo, e a entrada no mundo metaverso poderia mudar isso, ao reduzir problemas muito comuns no setor, como a superprodução, desperdício de matéria-prima e os estoques de produtos não vendidos.   

Por outro lado, participar do mundo metaverso significa utilizar massivamente dados, como imagens de alta resolução e NTFs, não centralizados, que precisam ser armazenados na nuvem, o que requer grande quantidade de energia elétrica.

É claro que grandes fornecedores de serviços em cloud estão investindo em fontes de energia renovável, e a próprio Google anunciou que até 2030 todos os seus centros vão operar através de energia carbon-free

O futuro da moda é metaverso  

Hoje, está mais que claro que o mundo metaverso está na mira das grandes maisons!

Mesmo que ainda existam muitas incertezas, a única coisa segura é que essa será a realidade do futuro, e temos que nos preparar para ela da melhor forma possível. 

Isso, sem deixar de pensar no impacto social e ambiental dessa nova realidade virtual.  

Como profissionais ou amantes do mundo fashion, os próximos anos vão nos abrir infinitas possibilidades. 

E não é incrível?! 

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