Economia Compartilhada na Moda

A moda do futuro e a economia compartilhada

Saiba tudo sobre a economia compartilhada na moda. Ouça aqui:

Há quem diga que o mundo da moda será o próximo a render-se à sharing economy ou economia compartilhada. Será?

Vale lembrar que se trata de um modelo de negócio que promove o consumo colaborativo, centrado no uso e não na posse de bens, e se dá por meio de marketplaces ou plataformas online, que conectam quem possui com quem usa os bens (ou serviços!).

Essa ideia está intimamente ligada ao movimento minimalista e à mudança de comportamento das novas gerações, sobretudo à GenZ, de que tanto falamos noutros posts, muito atentas a temas como a sustentabilidade. 

Na moda, isso significa atenção voltada para qualidade e consumo ético, opção por uma moda afetiva, cheia de peças vintage e de amor pelo upcycling e circularidade criativa.    

Esses são só alguns comportamentos que as novas gerações estão adotando e que, de fato, estão revolucionando o mercado fashion.

Além disso, a economia compartilhada na moda implica em novos modelos de negócio e novas formas de fazer shopping, que não são mais centradas no produto por si só. 

A palavra-chave é serviço! 

Na moda, a economia compartilhada ainda está no início, se comparada com outros setores, como hospedagem, transportes e entretenimento, onde empresas como Airbnb, Uber, Netflix e Spotify já atuam com sucesso, há algum tempo.  

Mas muitos acreditam que, agora, até a moda está pronta para virar um serviço do qual nós podemos nos valer. 

Trata-se do clothing service.

Essa expressão, ao pé da letra, significa serviço de vestuário. 

Há quem chame de serviço de closet, mas vamos traduzir por serviço de moda, porque, além de soar mais simpático, expressa melhor tudo que esse tipo de serviço se propõe, e que vai muito além do simples aluguel de roupas!

Inclui serviço de styling, expedição, manutenção e limpeza das peças, assim como o acesso a um grande acervo de roupas e acessórios.   

No caso do serviço de moda, as peças escolhidas podem ser restituídas e trocadas por outras, no prazo escolhido e nos critérios pré-definidos, como, por exemplo, as tendências do momento e/ou as necessidades especificas de cada um.  

É fantástico ver como a Netflix nos propõem filmes que têm tudo a ver com a gente, ou como a Spotify tem sempre a música certa para o humor do dia, assim será o guarda-roupa do futuro. 

O consumo é responsável! 

Os serviços de moda, que fornecem algo mais que o simples aluguel de roupas, encorajam o consumo consciente, ampliação do tempo de vida útil das peças e, consequentemente, a redução do desperdício!

Esse tipo de serviço da economia compartilhada na moda deve funcionar para roupas e acessórios de luxo, que tem preço alto e uso ocasional, como também para se manter um guarda-roupa constantemente renovado.

Permitirá, ainda, aos usuários, que gostam de acompanhar as tendências, estar sempre na “última moda”, sem gastar tanto e sem acumular peças que, depois de um tempo, ficariam esquecidas no fundo do armário!

Também se pressupõe que esse tipo de serviço se aplica a itens que os benefícios superam o custo de aquisição, que não usamos todos os dias e que não seria possível ou adequado compartilhar, como, por exemplo, peças íntimas!  

É claro que isso implica em rever a forma como se organiza a indústria da moda, investir no mundo digital (para aquelas que ainda não fizeram!), em razão da própria natureza online do clothing service

Tudo indica que, na moda, vamos em direção a uma digital costumer experience, um modelo de negócio com foco na experiência digital do cliente, no qual se insere o clothing service, lançando mão, dentre outros, da personalização de serviços com o uso de inteligência artificial.

Sem contar com a criação de verdadeiras comunidades em torno de valores compartilhados pelas marcas. 

Da moda de aluguel ao clothing service

Os modelos de negócios circulares, com revenda, aluguel e reparação, têm mostrado um enorme potencial de crescimento, não só no mercado internacional, mas também no Brasil.  

Muitas empresas de moda já estão atuando nesse nicho de mercado com uma variedade de modelos de negócio, mas ainda predomina o aluguel. 

No exterior, entre os pioneiros, está a americana Rent The Runway, fundada por Jennifer Hyman e Jennifer Fleissum, um serviço que tornou as peças de luxo acessíveis, protagonistas do guarda-roupa das novas gerações. 

“Uma seleção infinita de estilos de grife para alugar, usar e devolver (ou manter!). Todas as tendências, todas as cores, todas as estampas, tudo por uma fração do custo.”

No Brasil, vale a pena conferir a Clorent, plataforma de aluguel de roupas criada por Ana Teresa Saad e Eduarda Ferraz em São Paulo, há cerca quatro anos, que também inclui marcas de luxo no seu acervo. 

“Sharing is caring”, ou compartilhar é cuidar, como diriam as fundadoras. 

O serviço de moda é também o futuro!

A falta de recursos, o consumo excessivo e a destruição do meio ambiente têm sido cada vez mais objeto de atenção por parte da sociedade. 

E para muitos compartilhar bens existentes já é uma realidade! 

Esses modelos de negócios colaborativos na moda – plataformas e novas formas de fazer shopping-, estão crescendo com as novas gerações. 

Adeptos do consumo ético, o upcycling e a circularidade criativa, tudo o que está ligado a uma moda consciente!  

Já visto e revisto em outros setores e formatos, como Netflix, Spotify e Airbnb, esse modelo de negócio deverá chegar com força total nos próximos anos. 

Para nós nada de novo, não é? 

Incorpora-se mais um setor, o da moda, como se deu nos setores de entretenimento, transporte e hospedagem. 

Imagina receber em casa uma caixa com roupas e acessórios, escolhidos com orientação de um stylist, para usar no próximo mês e ficar por dentro das tendências!  

Aquele adorável trend coach da Burberry, o vestido da Versace da última coleção, o blazer de tweed vintage da Chanel e os inconfundíveis sapatos da Jimmy Choo na cor da clássica Hermés Birkin, em perfeitas condições, higienizados, prontos para você usar no trabalho, reuniões e eventos!

Detalhe, tudo isso no tamanho do seu bolso!

Ganham os consumidores, com um serviço criado sob medida para eles, com valores que compartilham, e ganha a sociedade, com a redução do consumo fast fashion, do desperdício e, consequente, consciência ambiental.

Pois bem, não é difícil imaginar que da moda do futuro também fará parte o clothing service!  

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