Look inspirado na Chanel

Os bastidores da Chanel pós-Virginie Viard

A estilista francesa Virginie Viard deixou a direção criativa da Chanel, função que ocupou por cinco anos, após a morte de Karl Lagefeld, e depois de outros 25 passados nos bastidores. 

Decididamente esse é um ano de grandes mudanças na moda!

Virginie Viard, após cinco anos no comando estilístico da Chanel, deixa a empresa.

Há quem diga que os boatos de sua saída já circulavam há algum tempo, mas não deixou de ser uma notícia marcante para os amantes da moda, semelhante à saída de Pierpaolo Piccioli da Valentino há alguns meses.  

“Isso abre um novo capítulo para a moda Chanel. Estamos confiantes na capacidade da equipe criativa de garantir a continuidade das coleções durante o período de transição. Uma nova organização criativa será anunciada oportunamente. A Chanel gostaria de agradecer a Virginie Viard por sua notável contribuição para a moda, criatividade e vitalidade da marca”, anunciou a  empresa. 

A estilista havia sido nomeada diretora criativa em 2019, após a morte de Karl Lagerfeld, o Kaiser da moda, de quem se tornou muito próxima e de confiança; ela já trabalhava para a Maison francesa há 25 anos.

No último período, sua contribuição foi fundamental para o crescimento do prêt-à-porter. 

Fique por dentro da trajetória de Virginie Viard! 

A história de Viard está intimamente ligada à da grife francesa. 

Ela se tornou o braço direito de Karl Lagerfeld, acompanhando-o de perto em todo o processo criativo, desde os croquis iniciais até a confecção das peças.

Segundo o estilista, ela conseguia capturar a verdadeira alma da Maison Chanel graças à sua capacidade de traduzir ideias em coleções.

Na verdade, a relação de trabalho da dupla era tão próxima que o designer alemão certa vez a descreveu como “meu braço direito e meu braço esquerdo”. 

De fato, a estilista foi capaz de assumir as rédeas de uma marca icônica sem muito alarde, com seu estilo gentil e forte. 

Sua formação, suas paixões, a própria história de sua entrada no número 31 da rue Cambon são fundamentais para entender o papel chave da estilista para a Maison.  

Ela foi capaz de atualizar os códigos Chanel na passarela, de fazer sua a visão de Madame Coco e alçar a Chanel a um novo patamar na moda. Vestir mulheres reais sempre foi um de seus objetivos. 

As inspirações de de Viard misturavam a atitude rock de uma musa silenciosa, feita de camisetas vintage, com uma abordagem visual requintada da moda,  apoiada por uma paixão por livros.

Ela tinha também um gosto especial em combinar as roupas icônicas da Maison com criações de Margiela e Balenciaga, cultivando amizades que incluíam igualmente atores da comédia francesa e it girls como Caroline de Maigret. 

Um pouco da história da estilista! 

Virginie nasceu em 26 de maio de 1962 em Lyon, o coração da indústria têxtil francesa, na qual foi literalmente envolvida graças a seus avós maternos, produtores de seda, o que lhe proporcionou contato direto com os tecidos e a expertise artesanal que tanto a caracterizam. 

No entanto, a moda não estava nos sonhos de Virgínia; a família havia se mudado para Dijon, onde seu pai, médico, foi nomeado diretor do hospital da cidade. 

Contam que ela vestia jalecos brancos e imaginava uma carreira na área, ouvindo avidamente as histórias  e divertindo-se animando os doentes. 

Apesar do fascínio que Viard começou a nutrir por roupas ao aprender a costurar com sua mãe, essa paixão norteou suas escolhas. 

A jovem, depois de aprimorar sua técnica de alfaiataria em uma escola de moda local e colocar sua timidez à prova trabalhando como vendedora em uma loja de bijuterias, mudou-se para Paris, onde estudou na Escola de Arte e Têxteis Duperré.

Foi na Cidade Luz que sua capacidade de dar forma a estímulos e inspirações encontrou seu lugar natural; contam que Virginie trabalhou na equipe da Condessa Jacqueline de Ribes, que ficou conhecida como a última rainha de Paris, bela musa dos maiores fotógrafos, amada por estilistas famosos, que criou sua própria marca, homônima, em 1982. 

Mas o verdadeiro ponto de virada veio em 1987, quando Gilles Dufour, chefe das coleções de acessórios da Chanel, recebeu a jovem na rue Cambon e a contratou sem hesitar como estagiária. 

Viard ocupou diferentes cargos na Chanel, entre eles o de designer de acessórios e de coleções de prêt-à-porter e haute couture. Sua estreita colaboração com Lagerfeld contribuiu para a formação de sua visão criativa e para o desenvolvimento de um estilo próprio e singular.

A presença discreta e tranquila de Virginie, juntamente com sua energia e, acima de tudo, sua visão fervorosa, imediatamente se transformou em um entendimento e uma sintoniacom o Kaiser e a pequena equipe criativa que estava à frente da Chanel na época. 

Contam que a relação de Virginie com Lagerfeld, no entanto, transcendia o aspecto  meramente profissional; os dois estavam ligados por uma afinidade e amizade únicas. 

Chanel e o novo desafio da sucessão! 

Em 2023, a Chanel está se aproximando rapidamente da marca de US$ 20 bilhões em receita, o que representa um aumento de 16% em relação ao ano anterior.

Este crescimento foi impulsionado por um forte desempenho em todas as linhas de produtos, incluindo o prêt-à-porter, que viu um aumento significativo durante a direção criativa de Virginie Viard.  

Por ocasião da apresentação dos dados econômicos, no final de maio, haviam ressaltado a intenção de confirmar a direção criativa nas mãos de Viard, o que reforça a perplexidade com a saída da estilista.

Um sucessor ainda não foi nomeado, mas a marca acrescentou que um anúncio será feito “no devido tempo”.

Muito se especula sobre quem será o novo sucessor da estilista; Sarah Burton e Pierpaolo Piccioli estão entre os candidatos.

Resta saber quem será o escolhido e, mais importante ainda, se terá força e criatividade necessária para comandar uma Maison lendária como a Chanel. 

Mas isso só o tempo dirá!

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