Iris Apfel

Iris Apfel: a história por trás do estilo irreverente!

Há tempos quero compartilhar minha admiração por Iris Apfel. 

Com seus óculos oversized, colares exuberantes e misturas audaciosas de estampas, Iris Apfel era mais do que um ícone da moda. 

Ao desafiar os padrões de beleza e estilo, ela inspirou gerações a abraçar a autenticidade. Sua longevidade na indústria da moda prova que a idade é apenas um número.

Uma senhora peculiar, sem filhos e glamorosa, que brilhou na cena até os 102 anos.

Ela se tornou conhecida por suas combinações de texturas, seus colares de pedras e seu talento para lidar com cores e suas camadas – muitas vezes usadas todas de uma vez, mas também por sua surpreendente sagacidade ácida.

“A maneira como me visto pode ser ‘diferente’ ou excêntrica para alguns que sentem a necessidade de rotular, mas isso não é preocupação para mim”, disse Apfel uma vez. Ao contrário de muitas mulheres rotuladas como excêntricas, Apfel foi reconhecida e adorada globalmente durante sua vida, como demonstram seus 3,1 milhões de seguidores no Instagram.

“Eu adorava sua linguagem corporal”, diz Mitchell Owens, que a entrevistou para  a Architectural Digest revista em 2011, “insinuante e sedutora em conversas individuais, explosiva em suas reações, uma espécie de senso divino de comédia e drama”. 

Dizem que nos tornamos mais excêntricos à medida que envelhecemos, mas talvez isso se deva ao fato de termos mais tempo para nos conhecer e  expressar nossa autenticidade com mais liberdade.

O estilo de Apfel não era uma excentricidade que surgiu com a idade, mas sim uma sensibilidade estética única, refinada ao longo de muitos anos. 

Suas escolhas de cores ficaram mais experimentais e vibrantes com o tempo; seu estilo continuou a evoluir mesmo após os 100 anos, numa idade em que tradicionalmente se espera que alguém desacelere.

Ela teve uma vida de grande sucesso, embora muitas vezes esquecida, no design de interiores, ao lado de seu marido, Carl, com quem se casou em 1948.

Mas voltemos um pouquinho no tempo…

Iris Apfel nasceu em 29 de agosto de 1921, em Queens, Nova York. Filha única de Sadye e Samuel Barrel, ambos judeus, Iris cresceu em um ambiente onde a moda e o design eram parte do cotidiano.

Seu pai era um homem de negócios com uma grande paixão pelo mundo das antiguidades e da joalheria. Sua família possuía uma empresa de vidros e espelhos, o que demonstra um apreço pelas coisas belas e únicas. Sua mãe, por sua vez, possuía uma boutique de roupas femininas.

Iris estudou história da arte na Universidade de Nova York e frequentou a Escola de Arte da Universidade do Wisconsin-Madison. 

No início de sua carreira, trabalhou no jornal comercial da indústria da moda, Women’s Wear Daily, e com a decoradora de interiores Elinor Johnson.

Aos 26 anos casou-se com Carl Apfel, sete anos mais velho que ela; juntos, eles viajaram pelo mundo, adquirindo móveis e tecidos raros para inspiração pessoal, além de objetos de design.

Em 1950, ele fundaram a Old World Weavers, com a missão de replicar os magníficos e raros tecidos históricos encontrados em suas viagens, tornando-os acessíveis a um público mais amplo.

Apfel chamou a atenção do cargo mais alto do país, mantendo um contrato com a Casa Branca em Washington que durou por nove presidências. 

Era um mundo muito distante dos tempos em que brincava com pedaços de tecido quando criança no Queens, Nova York, ou ganhava apenas 15 dólares por semana como copiadora na Fairchild Fashion Media.

Lá, ela aprendeu os fundamentos da indústria da moda, transportando mensagens entre editores, subindo e descendo escadas. 

Foi nesse ambiente que começou a moldar seu olhar criativo e desenvolveu as habilidades que mais tarde definiriam sua carreira.

Iris Apfel é a prova viva de que seguir seu próprio caminho não significa estar distante do sucesso ou do reconhecimento — uma crença equivocada que assombra as mulheres há séculos. 

Ela não era apenas uma figura excêntrica da moda, mas uma empresária astuta, admirada por instituições como o Costume Institute e a Casa Branca. 

No entanto, acima de tudo, Apfel conquistou uma legião de fãs com seu estilo único e sua presença marcante.

Sua ascensão tardia à fama e adoração pública, que ela gerenciou com uma energia vibrante e uma visão inigualável, foi talvez sua característica mais singular.

Sua capacidade de se reinventar e de se manter relevante até o fim de sua vida a tornou um ícone não apenas de estilo, mas também de longevidade e autenticidade na indústria da moda.

“A chave para o estilo é aprender quem você é, o que leva anos”, disse Iris Apfel. 

Em 2019, foi lançado pela Harper Collins seu livro autobiográfico Iris Apfel: Accidental Icon, onde ela nos convida a entrar em seu universo. Contando sua história com sinceridade e naturalidade, Iris quebra qualquer barreira de distância com o leitor, narrando uma enxurrada de anedotas, quase como se estivesse conversando com um amigo.

No livro, Iris abre seus armários de memórias pessoais, trazendo histórias ousadas e uma infinidade de fotografias que, por vezes, parecem ainda mais poderosas que suas palavras. Ela revela os momentos mais marcantes de sua vida com humildade e humor: “Eu nunca imaginei que eu…” — repetia — “…então eu aceitei.”

Entre esses momentos, está seu trabalho como consultora de interiores da Casa Branca, servindo nove presidentes, de Truman a Clinton. 

Em 2005, o Metropolitan Museum de Nova York organizou uma exposição sobre ela, Rara Avis (Pássaro Raro), oficializando sua posição como ícone de estilo global, celebrada por seu humor multicultural e sua abordagem não convencional, que lembrava a improvisação do free jazz.

“Mais é mais e menos é um tédio” tornou-se um dos lemas de Iris, uma frase que refletia não apenas seu estilo de se vestir, mas sua visão de vida. 

Em 2019, aos 97 anos, assinou um contrato de modelo com a IMG Models, a mesma agência de Gigi e Bella Hadid. 

Ela se tornou musa de muitas marcas, incluindo a Gucci, que a homenageou com uma versão de Barbie, como ela relatou à Vogue Itália

Além disso, sua colaboração com a H&M, aos 100 anos, reforçou sua influência contínua. Nessa ocasião, ela declarou: “Não se trata do que ou quem você veste, mas de como você se sente ao usar algo. Estilo é sobre autoexpressão e, acima de tudo, atitude.”

Para Iris Apfel, estilo era liberdade. 

A “estrela geriátrica do Queens”, como se autointitulava, desafiava a ideia de envelhecimento e encorajava todos a se divertir com suas roupas, misturando cores e estampas sem medo. Seu lema era claro: “Meus queridos, divirtam-se, usem sua imaginação. Se você não está se divertindo, é melhor morrer.”

Inspirador, não?

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