Futuro do consumo de moda

Futuro do consumo de moda!

Saiba tudo sobre os sentimentos do novo consumidor que emerge no cenário fashion.Ouça aqui: 

Os últimos anos trouxeram mudanças aceleradas no cenário da moda, um turbilhão de sentimentos veio à tona na vida das pessoas e com isso novos hábitos de consumo. 

E não é fácil acompanhar tudo isso que vem acontecendo.

Assim, contamos um pouco do que está mudando no consumo de moda nesses últimos tempos, começando pelos sentimentos que afloraram no “novo normal”, por assim dizer. 

Vamos aos fatos!

Os sentimentos no “novo normal”

1. Choque de futuro 

O primeiro sentimento que veio com toda força é o choque de futuro, a sensação de que o mundo se move muito mais rápido do que conseguimos acompanhar. 

Então, o que vai acontecer?

Estresse! 

Assim, buscamos produtos e serviços que possam mitigar essa sensação, diminuir o sentimento de isolamento que esteve fortemente presente em nossas vidas durante o lockdown

Existe também uma preocupação em nos tornarmos mais produtivos para que possamos acompanhar tudo que acontece na velocidade da luz ao nosso redor. 

No fundo, estamos à procura de um equilíbrio de vida, buscamos recuperar o nosso lado humano, por assim dizer, sem nos alienarmos do mundo. 

2. Superestímulo 

O segundo sentimento muito marcante é o superestímulo, consequência dos ritmos acelerados com que recebemos as informações, que nos faz ter a sensação de estarmos conectados 24 horas por dia, o que muitas vezes, de fato, acontece com três ou quatro aparelhos ao mesmo tempo!

Enfim, onde concentrar a nossa atenção?  

Tornamo-nos hipersensíveis a luz e barulho, sem contar que “perdemos” o nosso senso do toque. 

Já teve a sensação de que nada mais parece real? 

Vale lembrar que, nesse meio tempo, veio à tona o mundo metaverso que nos convida a tornamos verdadeiros avatares e, com isso, mergulhar ainda mais no mundo digital. 

E, por mais incrível que pareça, com isso aumentaram o número de cirurgias plásticas. Muitos querendo parecer como as imagens de cartoons animados! 

Por fim, os vídeos curtos de puro divertimento do Tik Tok fazem um estrondoso sucesso, pois não temos paciência para nada que dure muito tempo. 

3. Otimismo trágico

O terceiro sentimento é marcado por um mindset positivo, podemos chamá-lo de otimismo trágico.  

Trata-se de uma necessidade de ter uma vida mais saudável e de cuidar de si mesmo para superar o isolamento. 

Basta pensar que o #selfcare teve mais de 17 bilhões de visualizações no Tik Tok no ano passado.

No entanto, esse sentimento é diferente da positividade tóxica, isto é, não falamos de um sentimento de felicidade sem razão e desconectado com os outros. 

Caso contrário, nós nos tornaríamos verdadeiros hamsters numa roda, sem nos preocuparmos com nada, numa espécie de niilismo ou pessimismo crônico. 

Não é assim!

Falar de otimismo trágico é falar de pessoas juntas, inspiradas e conectadas, vivendo experiências de deslumbramento e criando empatia com os outros. Imagine ver um lindo pôr do sol, ou uma exposição num museu de um artista de que tanto gosta!

E como as empresas de moda estão caminhando na direção desse novo consumidor? 

As empresas usam cada vez mais imagens magnéticas que nos remetem ao presente, inspirando-nos a refocalizar, colocar força e esforço no que mais gostamos, e diminuir o ritmo. 

Enfim, ao olharmos as novas gerações, percebemos que esses sentimentos vêm à tona, embora de modo diverso, como contamos a seguir. 

O comportamento de consumo das novas gerações

GenX: a tecnologia com segurança

A GenX, geração das pessoas nascidas entre as décadas de 1965 e 1980, normalmente não gosta de surpresas, busca consistência e qualidade de vida, mas entendeu, no pós-pandemia, que a incerteza é a única certeza. 

Recorrem à tecnologia com segurança, fazendo uso de tecnologias como blockchain e os certificados digitais!

Além disso, conectam-se por meio de vozes e, com isso, houve o crescimento de social networks que usam vozes como o Club House. 

Millennials: o mundo superconectado 

 Os Millennials, geração das pessoas nascidas entre 1981 e 1996, por sua vez, da qual eu mesma faço parte, passou por maus bocados! 

É um “ter que fazer, ter que fazer” num mundo superconectado que levou muitos de nós ao burnout.

Na moda, para mim, não foi diferente. Em Londres, trabalhava mais de 14 horas por dia, sempre com a sensação de não fazer o suficiente, como conto no post sobre o burnout no trabalho na moda.

Em boa parte, isso explica os pedidos de demissão em massa no último ano e o crescimento de jovens empreendedores com menos de 40 anos. 

Trata-se de uma busca por um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. 

A minha geração procura um ambiente de trabalho flexível e a possibilidade de educar-se continuamente. 

Somos consumidores muito ativos, compramos on-line, a qualquer hora e em qualquer lugar.  Somos chamados de consumidores 2.0, ou a primeira geração digital.

Felizmente, a economia circular ganha cada vez mais espaço junto aos Millennials.

GenZ: a geração que nasceu no mundo digital

A GenZ, por outro lado, geração de jovens nascidos entre 1997 e 2012, é um mundo à parte, são jovens que já nasceram no meio digital. 

Muito envolvidos com temas ligados ao meio ambiente, às vezes, são chamados de “ambientalistas de sofá”.  

Mas, graças à essa geração, a indústria da moda vem mudando consistentemente a mentalidade em relação à preservação do meio ambiente.

Como dos Millennials, fala-se que circular shopping, economia compartilhada e, é claro, o mundo metaversocom os NTFs, são parte significativa do universo dessa geração. 

As novas gerações e os sentimentos no “novo normal” 

Existe um sentimento em comum a todas essas gerações no “novo normal”, que é a necessidade de criar momentos que durem, de estar presente, a chamada atenção plena ou mindfulness, de pensar positivo em relação ao futuro, buscando longevidade e saúde. 

A necessidade de criar um lifestyle positivo, um equilíbrio entre a vida pessoal e a jornada profissional.

Falamos de novos hobbies, de envelhecer bem e criar momentos que valham a pena viver. 

E, com isso, ganham espaço os produtos personalizados, realmente conectados com a vida das pessoas.

Como, por exemplo, bem colocou a Netflix no outdoor na Fontana di Trevi em Roma: “Hoje como você está? Realmente.”

Netflix publicidade Fontana di Trevi

Falamos de care economy e da chamada mental heatlhyde criar uma conexão com uma comunidade e de falar de si, sentimentos, problemas e caminhos.

Também emerge o sensorialismo, conectando o melhor dos dois mundos, físico e digital, onde quer que seja, em casa, nas lojas, no mundo metaverso ou na Web 3.0.

Vale lembrar que a Web 3.0 caracteriza-se por uma evolução da Web 2.0, permitindo maior controle dos usuários em relação aos conteúdos na internet e pela evolução gráfica de 2D para 3D.

Momentos virais no Tik Tok que vão para as lojas físicas e o buy now and pay later muito popular entre a GenZ espelham as mudanças no comportamento do novo consumidor de moda.

Trata-se de tecnologia sim, mas de um modo genuíno, de acelerar, mas num ritmo humano e sustentável.

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