Não é fácil entender como a moda possa ser, de fato, consciente.
De um sonho de consumo a outro parece que essas palavras se excluem, mas só à primeira vista.
Pelo mundo afora já podemos ver que as marcas de moda estão “acordando”.
Um novo caminho se abre!
Confiram o video da estilista Stella McCartney, uma das principais percursoras da moda consciente, que lançou o primeiro produto inteiramente feito de couro vegano.
Já há algum tempo as empresas buscam novas formas de se reconectar com os clientes na direção de uma “moda consciente”, que está, inclusive, na pauta de muitos países.
Diversidade cultural, responsabilidade social, sustentabilidade e preservação do meio ambiente, enfim muitos tópicos estão em discussão que chegou até mesmo ao fast fashion, conhecido como o grande vilão.
Saiba mais o que vem sendo feito para colocar as empresas de moda na direção certa.
Moda consciente pelo mundo…
Na França, em 2017, o governo começou a exigir que os modelos apresentassem um atestado médico antes de qualquer trabalho.
Anunciou também um plano para acabar até 2023 com a destruição de produtos – roupas, acessórios e cosméticos – encalhados nas lojas.
Na China muitas empresas de luxo se uniram ao programa “Clean by Design” para promover eficiência em todo o processo produtivo, reduzindo o desperdício de matérias-primas e a emissão de carbono na atmosfera.
Na Inglaterra as empresas são obrigadas a divulgar informações relativas à infração dos direitos humanos na sua cadeia produtiva.
Em Bangladesh foi criada a Partnership for Cleaner Textile (PaCT), um programa que prevê a redução da emissão de carbono na atmosfera derivados da indústria da moda.
Além disso, as marcas de moda europeias, que compram peças produzidas no país, assinaram um novo acordo que defende os direitos dos trabalhadores locais.
Assim como, foi criado o chamado Readymade Sustainability Council (Rsc) que será responsável por tutelar os direitos trabalhistas no país.
Esse novo acordo substitui o Accord on Fire and Building Safety in Bangladesh que havia sido assinado em 2013, por marcas como H&M e Benetton, em resposta a tragédia de Rana Plaza, que ocorreu na capital e levou à morte de 377 trabalhadores, com o desabamento de um prédio de três andares onde funcionava uma fábrica de moda.
Esse triste evento revelou não apenas o amplo descumprimento das normas de segurança assim como um lado sombrio da indústria da moda.
Responsabilizando-as pelas suas escolhas…
Nos EUA, recentemente, foi banido o uso de pele animal na indústria da moda, seja na produção, seja na comercialização, medida que será válida a partir de 2023.
A California foi o primeiro estado americano a proibir o uso.
193 países assinaram a “United Nations Sustainable Development Goals” com o objetivo de promover o consumo e a produção consciente, igualdade de gênero e a preservação do meio ambiente.
Sem dúvida temos muito a ganhar!
Um novo caminho…
As empresas de moda e luxo estão acordando e os governos se envolvendo na regulamentação do setor da moda.
Sem dúvida, essas mudanças estão relacionadas com o comportamento dos consumidores, cada vez mais conscientes das suas escolhas e atento aos valores éticos que norteiam as marcas.
A moda, finalmente, parece que encontrou um caminho que vai além da estética.