Bridgerton e moda regencial

Regencycore: tendência inspirada na série Bridgerton explode em popularidade

Saiba como a série original da Netflix, Bridgerton, conquistou o mundo da moda e impulsionou o estilo regencycore.

Mesmo que você não seja um grande fã de séries de época, é praticamente impossível não ter ouvido falar de Bridgerton. 

A série se consagra como um verdadeiro fenômeno midiático, com as duas primeiras temporadas no topo da audiência da plataforma entre as séries de língua inglesa.

Após dois anos longe de Mayfair, em maio a Netflix apresentou a terceira e nova temporada da série. 

E a primeira parte da terceira temporada gerou mais de 41 milhões de visualizações nos primeiros quatro dias.

Um retorno que não passou despercebido aos olhos da moda, que vem consagrando a estética regencycore como uma das tendências do ano.

Como se observa, essa tendência foi amplificada a cada temporada da série, com sua trama intrigante e romântica,  ambientada no mundo da alta sociedade londrina durante a era regencial na Inglaterra do século XIX. 

Baseada nos livros best-sellers de Julia Quinn, a trama é centrada na história da família Bridgerton, composta por oito irmãos, e retrata os seus costumes, intrigas e romances, bem como o mercado de casamentos, bailes suntuosos e palácios aristocráticos de Londres nos anos 1800. 

A terceira temporada tem como protagonistas os personagens Penelope Featherington e Colin Bridgerton, amigos de infância, e traz mais intrigas e reviravoltas!

Quanto à moda, a nova temporada trouxe à tona roupas vintage, incluindo espartilhos, vestidos estilo império, luvas, bandanas na cabeça com pérolas e penas, além de muitos e vistosos colares.

Mas os efeitos de Bridgerton na moda já eram perceptíveis bem antes do lançamento dessa nova temporada.

Bridgerton: a tendência regencycore

Na terceira temporada, Lady Whistledown, uma cronista misteriosa que escreve sobre os escândalos e intrigas da alta sociedade londrina, retorna à cidade: vemos Penelope Featherington sob uma nova luz. 

A protagonista da terceira temporada, Penelope Featherington é, na verdade, Lady Whistledown. Nesta temporada, ela passa por uma transformação, que reflete no seu figurino, deixando de lado seus looks cítricos e os padrões florais brilhantes e abraçando tons mais escuros e sensuais.

Mas essa não é a única novidade. Por outro lado, sua ex-melhor amiga Eloise Bridgerton, irmã de Colin, uma intelectual desinteressada por moda, opta por roupas cada vez mais ornamentadas, que ecoam os olhares de sua mais nova melhor amiga, Cressida, a garota malvada por excelência da série. 

A chamar a atenção também estão os vestidos “neo-bridgerton” de Kate, esposa de Anthony,  irmão mais velho de Colin e Eloise, de uma elegância que se entrelaça com o dourado dos sáris, uma referência às suas origens indianas. 

Em contraste, vestidos mais clássicos de “diamante da estação” são usados por Francesca Bridgerton, a nova estreante da família.

De nuances a pistas que revelam algo sobre o destino dos personagens, o figurino é essencial para a popularidade da série, contribuindo para a composição do cenário visualmente rico e cativante de Bridgerton. 

O figurinista John Glaser, de volta na terceira temporada, contou em entrevista que a ideia era “suavizar” formas e nuances, sempre combinando tons mais claros com os mais escuros e jogando muito no efeito iridescente das roupas. 

“Usamos luvas desde a primeira temporada, e elas eram feitas de cetim, mas pareciam um pouco baratas”, explicou o figurinista à Vogue,  revelando o cuidado da equipe com os menores detalhes do figurino.  E, de fato, na terceira temporada, eles mudaram para luvas transparentes ou mais sofisticadas. 

Quanto às silhuetas, a cintura estilo império foi levemente abaixada e trouxe referências aos vestidos do início do XIX.

Também se observa uma evolução em relação ao protagonista masculino da temporada, Colin Bridgerton.  Depois de retornar de uma viagem de seis meses ao redor do mundo, Colin parece tudo menos desleixado; na verdade, ele nunca esteve tão elegante. 

Mais maduro, seu guarda-roupa renovado é composto por tons escuros, que combinam bem com os escolhidos por Penélope, e por coletes e casacos longos, que criam movimentos amplos quando ele anda. 

Bridgerton: recriando o regencycore!

Para o figurino de Eloise Bridgerton, Glaser se inspirou em Audrey Hepburn. Isso fica evidente tanto nos penteados quanto nos vestidos, que oscilam entre o estilo regencial mais autêntico e as referências dos anos 60, tornando seus looks muito chiques e modernos. Há também uma referência explicita à My Fair Lady.

E novamente nos deparamos com arcos, babados e acessórios preciosos, mas agora eles servem para nos dizer muito sobre a evolução da personagem.

Já Francesca Bridgerton, por outro lado, é a personificação do termo “impecável”. Como debutante, todos os holofotes estão voltados para ela e o seu vestido a ser desfilado na frente da rainha, uma reinterpretação do que na primeira temporada rendeu a sua irmã Daphne o título de “diamante”.

Nesse caso, as referências foram a Grace Kelly e Katharine Hepburn, bem como os anos 40, que servem para recalibrar porte clássico da personagem com um toque moderno.

Bridgerton: das telas às passarelas! 

Desde  o lançamento da primeira temporada, em dezembro de 2020, houve um aumento nas buscas relacionadas a vestidos de época, maxi laços e espartilhos, vlogs sobre a “vida palaciana” entre castelos e residências históricas no interior da Europa. 

Certamente, o último Met Gala também abriu caminho para um interesse renovado pelo estilo regencial e vestidos históricos. 

Por exemplo, a atriz Zendaya usou um vestido longo preto com várias camadas, peça criada por John Galliano para Givenchy em 1996, complementando o visual com um buquê de flores na cabeça, tudo claramente inspirado nessa estética.

O elemento essencial é o espartilho, grande protagonista das últimas semanas de moda,  graças ao seu charme transversal que toca diferentes estéticas, do estilo renascentista ao gótico, do balletcore ao cottagecore.

Você pode conferir essa tendência nas coleções de Primavera Verão 2024 da Collina Strada e de John Galliano para a Maison Margiela Couture, como também nas coleções de Outono Inverno 2024 de Simone Rocha, Mugler e Schiaparelli. 

Não podemos deixar de mencionar as estampas florais, muito vivas, presentes com toda a força.  Se olharmos para a série em sua totalidade, elas continuam sendo um elemento-chave, perfeito para a temporada de verão. 

Continuam também os tons pastéis, a emblemática paleta de Bridgerton adotada em maxis vestidos claros à la Chloé. 

Por fim, mas não menos interessantes, os colares. Esses acessórios, onipresentes no figurino  da série, dão o toque final no look das personagens, com fileiras de pérolas à Vivienne Westwood, consagrando-se como um dos mais amados pela geração Z!

Assim, como se vê, o trabalho da equipe de figurinistas demonstra uma pesquisa cuidadosa dos padrões, tecidos e detalhes da moda do início do século XIX para criar roupas autênticas e deslumbrantes, com muita criatividade e um toque de modernidade. 

O fenômeno que redefine a moda!

A série Bridgerton da Netflix se consolidou como um verdadeiro fenômeno cultural, impactando também a indústria da moda. 

A estética regencycore, inspirada nos costumes da era regencial, tornou-se uma tendência global, impulsionando designers e marcas a criarem coleções que remetem à época.

Se o sucesso da série se deve à sua trama envolvente, personagens cativantes e reconstituição da era regencial, os figurinos, criados com maestria por John Glaser, são peças fundamentais para a imersão do público na história e para a popularização dessa estética.

Talvez o regencycore represente um escape para um mundo de elegância, romance e glamour que a série Bridgerton, com sua narrativa cativante e figurinos deslumbrantes, captura à perfeição.

Não obstante, para quem gosta de moda, a série proporciona um ótimo e divertido passeio pela história do vestuário!

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