Como a vida slow mudou a minha jornada na moda.
Londres, 3 anos em uma maratona sem fim. Uma vida em ritmo frenético, sem pausas para respirar. Finais de semana? Milão por amor, Copenhague para ver a família. Relaxar? Nem pensar! A cidade e o estilo de vida cobravam um preço alto.
16 horas no escritório, aeroportos, ponte aérea. Ver Londres? Nem a sombra. A culpa era da cidade grande, do ritmo acelerado, do trabalho na Burberry. Mas a verdade é que eu mesma me colocava nesse turbilhão, como se não houvesse escolha.
Até que o corpo disse basta. Dores a cada movimento, olheiras profundas, estômago apertado só de pensar em mais um dia de trabalho ou em mais um voo no final de semana.
Chega! Comecei a questionar tudo. A pressão para estar sempre ocupada, a busca incessante por validação externa, o medo de perder algo importante… E descobri que não estava sozinha. A “cultura da correria” estava começando a ser contestada. Sobriedade, custo de vida, tudo nos leva a repensar o tempo que gastamos e como queremos viver.
No TikTok, a vida slow ganha espaço: menos saídas noturnas, mais horas de sono, trabalho dentro do horário. Amizades superficiais são questionadas. O foco agora está em conexões profundas e experiências autênticas.
Olhando para trás, percebo que estava exausta demais para aproveitar qualquer coisa. Como se conectar com alguém se você nunca está totalmente presente?
A partir daquele momento, iniciei uma transformação:
- Escolher como gastar meu tempo.
- Cuidar de mim mesma, corpo e mente.
- Aproveitar a vida com as pessoas que amo, sem pressa, sem culpa, sem estresse.
- Aprender a ouvir meu corpo e a respeitar meus limites.
No fim, o objetivo é buscar o equilíbrio entre:
- Trabalho e vida pessoal.
- Produtividade e descanso,
E escolher…
- Momentos de quietude, contemplação e pura presença.
- Explorar novos hobbies, paixões e formas de me expressar.
- Viajar com calma, apreciando cada lugar, cultura e experiência.
- Conectar-me com pessoas que me inspiram, me fazem rir e me desafiam a ser melhor.
- Construir amizades verdadeiras, baseadas na reciprocidade e no respeito mútuo.
- Abrir-me para o amor, sem expectativas irreais ou pressa, deixando que a vida me surpreenda, me guie por novos caminhos e me ensine a ser mais resiliente, sábia e compassiva.
Acima de tudo, permitir-me ser feliz. Encontrar a alegria nas pequenas coisas, nos momentos simples, na beleza do dia a dia.
“No fim, percebi que a verdadeira riqueza está na conexão comigo mesma e com os outros e na teia de afeto que me une às pessoas que amo.”
Essa é a minha jornada de autodescoberta, cura e transformação. Uma jornada que começou na beira do abismo da obsessão pelo trabalho, mas que agora me leva em direção à calma, à plenitude e à vida autêntica que sempre sonhei.
E você, qual é a sua história? Qual é a sua jornada de autodescoberta?